PCDF deflagra Operação “Cash Back”

PCDF deflagra Operação “Cash Back”
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Na data de hoje, dia 19/09, a PCDF, por intermédio da Delegacia Especial de Repressão os Crimes Cibernéticos do DF, ligada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, deflagrou hoje a Operação “CASH BACK” com vistas a desarticular esquema criminoso de aquisição de produtos com identificação falsa e posterior estorno ilegal de valores.

A empresa cooperou significativamente com as investigações mediante repasse de informações. Foram cumpridos dois Mandados e Busca e Apreensão, um no Setor Lúcio Costa e um na Colônia Agrícola 26 de Setembro em Vicente Pires. Um homem de 32 anos foi preso em flagrante e por Mandado de Prisão Preventiva na Colônia Agrícola 26 de Setembro em Vicente Pires. Dois veículos de luxo foram objeto de sequestro judicial.

O golpe contra a empresa era operado da seguinte forma: Compras eram realizadas em loja física ou online para retirada presencial, com pagamento via PIX, através de um QR Code gerado no momento da compra. Em seguida, o(s) comprador(es) ou terceiro(s), valendo-se de identidade falsa, retiravam os produtos em lojas físicas. Após adquirirem o produto, os golpistas iniciavam uma falsa solicitação de estorno, aduzindo que seus dados haviam sido utilizados em compra não reconhecidas. Este pedido de falso estorno era instrumentalizado através de senha obtida cladestinamente de funcionários da empresa.

Ao todo, o prejuízo com o referido golpe foi de mais de R$14 milhões, em decorrência de 3.977 compras realizadas de forma fraudulenta. Destas compras fraudadas, pelo menos 97 ocorreram no Distrito Federal. O homem que foi preso na data de hoje, comprovadamente, atuou em 26 compras fraudadas. Em sua residência, foram apreendidos e encontradas caixas com diversos produtos em nome de terceiras pessoas (indicando utilização de documento falsos), jóias, R$ 39.900 em espécie, carros e relógios de luxo, simulacros de arma de fogo e munições de uso restrito, além de uma ave (papagaio) que era mantido ilegalmente.

Os veículos apreendidos foram objeto de pedido judicial de sequestro não só para a recomposição de valores para a(s) vítima(s) como também para propiciar a asfixia financeira do grupo criminoso. A recuperação de ativos tem sido uma forte vertente na atuação da PCDF. As investigações continuam para se chegar aos demais integrantes da organização criminosa, como também para esclarecer melhor a forma de atuação nas fraudes.

O homem que foi preso já detinha condenação criminal e estava com tornozeleira eletrônica. Foi encontrado também em sua residência um aparelho que permite “embaralhar” sinais digitais, possivelmente utilizado para burlar o sistema de monitoramento eletrônico. O homem preso responderá pelos crimes de falsidade ideológica e documental, estelionato qualificado por meio eletrônico, porte ilegal de munição de uso restrito, cuja penas máximas, se somadas, pode chegar até 30 anos de reclusão. Não se descarta o aumento de incidências penais a depender da conclusão investigativa.

Geraldo Naves