PCGO prende falso psiquiatra que atuava em clínicas de Goiás e do Distrito Federal utilizando identidade profissional furtada

PCGO prende falso psiquiatra que atuava em clínicas de Goiás e do Distrito Federal utilizando identidade profissional furtada
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A Polícia Civil de Goiás, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Valparaíso – 5ª DRP, deflagrou, nesta sexta-feira (12), a Operação “Mentis Dolus”, ocasião em que cumpriu mandado de prisão preventiva e mandados de busca e apreensão em desfavor de indivíduo investigado por atuar como falso médico psiquiatra em diversas clínicas de Valparaíso de Goiás e do Distrito Federal, mediante apropriação indevida da identidade profissional de um médico psiquiatra verdadeiro, regularmente habilitado no Estado de São Paulo.

O investigado, Diogo Luiz de Silva Lima, assumiu indevidamente a identidade profissional de um médico psiquiatra verdadeiro do Estado de São Paulo, passando a se apresentar como se fosse o profissional legítimo. Para conferir aparência de legalidade à fraude, acessou de forma ilícita a conta gov,br da vítima, obteve dados sensíveis, manipulou informações profissionais, solicitou inscrições em Conselhos Regionais de Medicina fora de seu Estado de origem, inclusive no Distrito Federal, e utilizou esses registros para se infiltrar em clínicas, onde realizou atendimentos presenciais, emitiu laudos psiquiátricos e prescreveu medicamentos controlados.

As investigações apontam que o investigado atuou de forma reiterada e estruturada, utilizando identidade alheia e documentação falsa para manter aparência de regularidade profissional, expondo pacientes a risco e causando prejuízos às clínicas envolvidas.

Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos computadores, documentos e outros materiais, os quais confirmam as condutas investigadas e indicam, inclusive, tentativa de migração da atuação fraudulenta para outra área da saúde, como forma de continuidade delitiva.

No mesmo contexto de reiteração e ocultação das condutas criminosas, verificou-se que o investigado promoveu alteração em seu registro civil, passando a se identificar atualmente como Daniela Luiza da Silva Lima Cavalcante, circunstância que, segundo os elementos apurados, visava dificultar sua identificação e permitir a continuidade da prática criminosa.

O investigado foi conduzido ao sistema prisional e permanece à disposição do Poder Judiciário, enquanto as investigações prosseguem para o completo esclarecimento dos fatos, inclusive quanto à eventual participação de terceiros e à identificação de outras vítimas.

Considerando o modus operandi empregado, há a possibilidade de existência de outras vítimas que ainda não tenham registrado ocorrência, seja por desconhecimento dos fatos, seja por temor ou constrangimento.

A divulgação da identidade e da imagem do investigado encontra respaldo na Lei nº 13.869/2019 e na Portaria nº 547/2021/DGPC e em despacho fundamentado da autoridade policial, tendo em vista o interesse público na identificação de possíveis vítimas.

PCGO: investigar para proteger 🚔

Geraldo Naves