Polícia Civil GO prende condenado foragido por feminicídio brutal e apreende arsenal com mais de 600 munições e várias armas

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Caldas Novas – 19ª DRP – em ação conjunta com a 15ª Delegacia Regional de Polícia de Goianésia e com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3), Delegacias Regionais de Ceres (10ª DRP) e Uruaçu (18ª DRP), além das Unidades de Inteligência das respectivas regionais e do Esquadrão de Drones da PCGO -, deflagrou nesta sexta-feira (11) operação policial que culminou na prisão de Osmarildo da Gama Borges, conhecido como “Kauã Cigano” ou “Júnior”, condenado a 25 anos e 3 meses de reclusão por feminicídio.
A operação mobilizou um efetivo de 65 policiais civis. O condenado estava foragido desde a sessão plenária do júri popular, realizada em Caldas Novas, no dia 12 de março de 2024, ocasião em que evadiu-se após ser interrogado em plenário. Desde então, o GIH de Caldas Novas, em conjunto com as unidades de inteligência da PCGO, monitorava locais suspeitos de esconderijo.
A operação foi concentrada na zona rural do município de Santa Rita do Novo Destino, especificamente no Povoado de Placa, onde o foragido se ocultava com auxílio de familiares. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em chácaras e residências vinculadas a familiares, incluindo avós, pais, irmãos e a irmã, todos apontados como colaboradores em sua ocultação. O local da operação era de difícil acesso e inserido em uma comunidade cigana.
Durante as buscas, os policiais civis apreenderam um arsenal: 10 armas de fogo, entre pistolas, revólver, espingardas e rifles, de uso permitido e restrito; 624 munições de diversos calibres. Ao todo, cinco pessoas presas em flagrante delito pelos crimes de posse e porte de arma de fogo e munições.
Consta, ainda, que à época dos fatos – no dia 19 de outubro de 2018, no Povoado de Nossa Senhora de Fátima, em Caldas Novas -, o autor gravou um vídeo e o enviou a familiares afirmando que havia matado sua companheira por ela desejar o término do relacionamento. Relatava ainda desconfiar que a vítima estaria grávida de outro homem, hipótese posteriormente descartada por laudos periciais. A vítima foi morta com vários disparos de arma de fogo.
A divulgação da qualificação e imagem do preso se deu em conformidade com a Lei 13.869/2019 e Portaria n. 547/2021-DGPC, mediante despacho da autoridade policial, tendo em vista o condenado possuir sentença confirmatória em segunda instância e prisão preventiva decretada.