Presos pagavam até R$ 1 mil por ligação em ‘central telefonica’ dentro da Nelson Hungria, na Grande BH

Presos pagavam até R$ 1 mil por ligação em ‘central telefonica’ dentro da Nelson Hungria, na Grande BH
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Polícia Penal encontrou 34 celulares usados em esquema operado por detentos; Sejusp apura

Detentos da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, chegavam a pagar até R$ 1 mil por ligação para usar uma central clandestina de celulares montada dentro da unidade prisional.

O esquema foi descoberto nesta semana após uma operação interna, Segundo as fontes da Itatiaia, os celulares eram entregues por drones, que sobrevoam a unidade durante a madrugada em baixa altitude. Contudo, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) não confirma. No dia seguinte à chegada dos aparelhos à prisão, de acordo com policiais penais, detentos recolhiam os aparelhos e os escondiam nas roupas íntimas. Para ter acesso, era cobrado de R$ 50 a R$ 1 mil, conforme o tempo de ligação.

Conforme revelado à Itatiaia por fontes da segurança pública e confirmado pelo sindicato dos policiais penais nesta quinta-feira (31). De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a direção da penitenciária instaurou um procedimento interno para apurar administrativamente as circunstâncias do ocorrido.

Segundo as fontes, a central funcionava no setor conhecido como “Melhor Arte”, onde presos realizam atividades artísticas com o objetivo de reduzir a pena. No local, foram encontrados 34 celulares, 38 chips, 38 carregadores e pacotes de cigarro, escondidos em armários usados pelos internos.

Geraldo Naves